No embate dos corpos,
prezo contudo as imagens que se consolidam devagar
num sumptuoso esgar,
e que nessa medida incerta,
sustentam uma mente aberta.
O sol desce
e apodrece
a ciranda dos mortos
que jaz no crómio.
O químico dessas histórias
aglomera-se impávido,
mas é ávido
da satisfação plena dos meus olhos,
que ardem a cada dia, a cada instante,
a cada semblante.
Nunca conseguiremos vislumbrar o futuro,
enquanto nos afrontarmos com o embate das moscas,
e assim o presente continuará a pertencer ao ímpeto dos pássaros.
Na tesão da vida,
não serve de nada o sémen da gratidão.
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