julho 20, 2015
julho 15, 2015
A EMBRIAGUEZ PRECIPITA A GRAVIDADE
A tarde cola-se ao teu cabelo,
como os insectos cegos da discórdia.
E agora que os corpos anunciam o Verão,
brota da fonte fresca,
a poesia serôdia.
Sonhamos a prata num furo,
neste quarto obscuro,
enquanto as ondas do mar
espalham o sol na torna-viagem do estrondear.
Reflecte-se o sol nas sombras das tuas pálpebras,
na areia escura do teu ventre,
desaparecendo assim o nosso destino demente.
O sol é o objecto principal num dia que não existe.
É uma bomba que expele as pessoas para o vómito da espuma
e a vida submersa no frio dos nossos gestos.
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