novembro 06, 2014

TRAGO PARA CASA A TEMPESTADE


Continuo a escrever sobre a noite até ao amanhecer e a desgastar o seu significado num bater de teclas desenfreado. É nesse tremor que se aventuram as palavras. É nessa cegueira que desabafo a vida. A vida mais clara e natural. A vida mais nítida, mesmo embriagada e distorcida. 
Mas do escape surge a tenacidade da descida. Será sempre assim. Como o caos do universo, provimos do turbilhão para nos encontrarmos nos segundos da embriaguez. Somos os nossos movimentos. Nada mais. É isso que conta e não as rotinas de morte que nos consomem o instinto e nos fazem acreditar na sorte ou no mais forte.

HÁ DIAS ASSIM