Sei quem sou,
quando juntos inventamos um reino que se dispersa no veludo
e na tua eloquência.
O sangue que corre novo nas veias,
espalha-se pelas paredes cheias
da presença do teu âmago.
Habitam seres na tua pele
que derrotam o fel
de tudo o resto,
para depois neste leito permanecer o cândido manifesto
dos teus lábios.
Esta noite, não quero pensar.
Deixem-me apenas perpetuar
a morte dos meus sentidos
nesta voluptuosa desordem.