março 02, 2015

ENCALHADO


Vê como as pessoas desaparecem na rua da morte.
Vê como o aço se contorce
e os corpos nunca testemunham a mesma sorte.

Rasteja até ao rio do silêncio
e recolhe as peças da vida
que deixaste para trás.
Não vás
para junto do tesouro,
desse escuro,
que é o engano.

Ladeia os prédios
no dia do teu sol,
enquanto o teu rock and roll
dura uma noite inteira,
e quando sobrares no domingo,
verás que fazes parte
de uma ordem certeira.

Costumavas ser um miúdo atinado,
mas agora não passas de um cabrão todo atrofiado. 

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